domingo, 29 de novembro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

OFICINA DE TEXTO

12/08/2009
AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Quando comunicamos desejamos materializar nossas intenções. Onde não há intenção, não há comunicação. O sujeito falante se comunica, portanto quando colocado em cena uma intenção qualquer. Quais sãoessas intenções, ou seja, função de linguagem?
1) Função fáticaIntenções: estabelecer contato. Testar o canal de comunicação. (Ex:"Alô! Bom dia! Tchau! Por favor...")

2) Função referencialIntenção: informar, levando ao interlocutor referências sobre pessoas,objetos, fatos etc.Suas características:- linguagem denotativa, objetiva;- centrada sobre o referente;- informativa, narrativa, descritivo(Ex: texto jornalístico)

3) Função expressivaDas mais importantes, pois ela permite ao homem expressar a suanatureza humana, afetivo e emocional, relativizando a sua naturezaracional. Intenções: exprimir a atividade do locutor em relação aoconteúdo da mensagem, da situação do mundo em que vive; expressarjulgamentos, opiniões, exclamações, sentimentos ao que o cerca. Essafunção situa o sujeito em sua individualidade, sua subjetividade. Ex:uma confidência sentimental.

4) Função conativa ou imperativaÉ a função de interpelar o interlocutor através de formas verbaisimperativas. Seu objetivo é trazer ao outro a participar do diálogo,obrigá-lo a reagir. Levá-lo a aceitar determinada idéia ou opinião.Parece ser a razão pela qual a publicidade utiliza tanto essa funçãode linguagem.

5) Função metalinguísticaIntenções: resolver problemas de entendimento linguístico.Ex: parênteses.

6) Função poéticaIntenções:subverter o sentido da mensagem. Ser conativa. Produzirefeitos estéticos, trabalhar sobre a estrutura da mensagem, suasonoridade, ritmo, tonalidade e cor.


19/08/2009
Funções da linguagem

1- Fática – estabelecer contato: testar o canal de comunicação; prender a atenção. Ex.: “Alô!” (ao telefone)

2- Referencial - informar. Ex.: redação jornalística. Linguagem objetiva.

3- Expressiva – expressar opiniões, julgamentos, sentimentos... Ex.: a maioria das redações na aula anterior. Ex.: “Finalmente,alguém tomou uma providência!” (sobre a lei antitabagista)

4- Conotativa – Levar o receptor a crer, aceitar alg ou alguma idéia. Ex.: na publicidade: “Você nunca viu nada igual!” (por isso é chamada também de “imperativa”)

5- Metalingüística – necessária para se contornar limitações da própria linguagem. Ex.: um parêntese para acrescentar um esclarecimento.

6- Poética – quando se quer produzir novos efeitos, arte. Ex.: poema,letra de musica ou mesmo uma figura de linguagem, etc.

Exercícios
Hei você! Há quanto tempo você não tira férias( de verdade)?
Maceió,paraíso das águas
Fática; expressiva, conotativa, metalingüística

Bolt “passeia” e avança à final dos 200m com facilidade.
(uol, 19.08.09)
Referencial,metalingüística, poética

Fatores relevantes no ato de comunicação:
Remetente: emissor, destinador.
Destinatário: receptor, ouvinte, leitor.
Canal: meio (jornal, emissora de rádio ou tv, carta, diálogo, etc.)
Código: língua portuguesa, língua inglesa etc.
Mensagem: texto referencial (a mensagem se refere a um conteúdo conceitual)
Contexto: referente conceitual, ambiente em

Linguagem jornalística e linguagem publicitária

Jornalismo
Principio da pirâmide invertida
Os dados são inseridos por ordem decrescente de importância

Outras narrativas (literatura em geral, linguagem acadêmica/ cientifica etc.)
Os dados são inseridos por ordem crescente de importância.

O lead e o principio dos seis “quês”
Quem ou o que?
O que?
Como?
Quando?
Onde?
Por que?

O conjunto de respostas as questões acima formarão uma unidade, aquela a que chamamos de NOTICIA.


Linguagem Publicitária

Raciocínio apodítico: tem o tom de verdade inquestionável. A argumentação é fachada e não resta ao receptor senão aceitar a verdade do emissor.
Ex.: “nenhuma linha de banho foi tão fundo na sua pele” (anuncio de sabonete cremosos Limpa&Hidrata, Lux Skincare).Nova, SP, Abril, p. 28, fev. 1995).

Se nenhum produto faz tão bem à sua pele quanto Limpa&Hidrata, você na tem outra opção... O pronome indefinido indica universalidade.

Recursos permanentes da linguagem publicitária
Persuadir – apóia-se em princípios, crenças, lugares comuns. Argumentação retórica.
Ex.de apliação: publicidade, textos políticos-eleitorais, religiosos, ficcionais...

Convencer – apóia-se em fatos, estatísticas, “verdades”. Argumentação demonstrativa.
Ex de aplicação: textos acadêmicos, científicos, técnicos, jurídicos, jornalísticos...

Geralmente é da combinação entre ambos que nasce a lógica publicitária e a propaganda eficientes.

26/08/2009
Períodos e as conexões entre eles


Períodos são compostos de orações.

Oração: frase construída em torno de um verbo.

Ex: Paulo foi ao cinema sozinho.
Período simples (Uma oração).

Ex.: Paulo foi ao cinema sozinho (1), pois Julia decidiu ficar em casa (2). Período composto (mais de uma oração).

Exemplos:
Nos decidimos cancelar a viagem. A previsão do tempo é desanimadora.

Disseram que não sou capaz. Vamos ver se não sou.

Por que justo comigo? Ela já sabia que não gosto do sujeito.

Palavras formam orações
Orações formam períodos.
Períodos formam parágrafos.
Parágrafos formam textos.


Parágrafos

Não há uma lógica que determine que tamanho (quantos períodos) deve ter um parágrafo, nem quantos parágrafos deve ter um texto.
Mas há algumas orientações consolidadas pela pratica redacional, pela academia, pelo mercado.
Vejamos algumas delas:

Espera-se que um texto de cerca de 20 linhas tenha de 3 a 5 parágrafos. Por quê?

a) Por lógica. Se cada parágrafo pode ser compreendido como uma unidade do desenvolvimento textual, supõe-se que 3 parágrafos seja uma medida razoável para que se desenvolva um texto que contenha no mínimo (1) um pensamento introdutório; (2) o desenvolvimento/ desdobramento desse pensamento; e (3) a conclusão da idéia.

b) Por estética. Quando o texto é construído de modo a obter uma cadencia (andamento) agradável para a leitura, os parágrafos possivelmente terão tamanho similar. Além do fato de essa lógica interna (do texto) favorece ao leitor, possivelmente ajudará também no processo de edição de arte/ diagramação. Quem diagrama terá nas mãos material equilibrado e que lhe possibilitará explorar recursos gráficos importantes para o resultado final- ou seja, novamente, para o leitor. Espera-se que o parágrafo delimite o desenvolvimento de uma idéia. Dessa forma, ao desenvolver, por exemplo, o lead jornalístico, você terá, provavelmente, concluído o primeiro parágrafo e será o momento de abrir o segundo. Ao fazer isso, seu texto obterá aquilo que chamamos de progressão textual, ou seja, ele não ficará “patinando” sobre a mesma idéia do inicio ao fim.

Exemplo de falta de progressão:

Demos inicio à partida ao meio-dia. Havia duvida se deveríamos começar o jogo a essa hora.
Mas, enfim, acabamos decidindo iniciar o jogo às 12 horas mesmo, pois era o que havíamos combinado.

Nem teria sentido que puníssemos aqueles que se esforçaram para chegar cedo, só para proteger os atrasados...

O uso adequado dos conectores, ou relatores (“porém” “mas”, “já que”, “apesar de”, ...) vai ajudar a fazer com que as idéias progridam adequadamente, garantindo a progressão textual de que precisamos. Esses elementos funcionam como agulha e linha, costurando as orações, períodos, parágrafos, até as conclusões do texto.


02/09/2009
A Vírgula

Fundamentalmente, a vírgula seve para separar frases principais de frases secundarias (ou informações básica de informação complementar),

Exemplo:

Mesmo cansado, depois de trabalhar o dia todo, o aluno foi à faculdade cumprir mais uma noite de aulas.

Mesmo cansado.

Depois de trabalhar o dia todo.

O aluno foi à faculdade cumprir mais uma noite de aulas.

Sem comércio e sem dinheiro, voltados para a arte e para a natureza, os moradores daquela região vivem uma vida primitiva, negando as conquistas da civilização, mais ou menos de acordo com os ensinamentos do polêmico filósofo Rousseau.

Desses cinco blocos informativos

Sem comércio e sem dinheiro.
Voltados para a arte e para a natureza.
Os moradores daquela região vive uma vida primitiva.
Negando as conquistas da civilização.
Mais ou menos de acordo com os ensinamentos do polêmico filósofo Rousseau.

Outros Exemplos:

Na década de 80, os supermercados cresceram na velocidade do som, figurado como um dos melhores negócios do país.

Na década de 80.
Os supermercados cresceram na velocidade do som.
Figurando como um dos melhores negócios do país.


Pontuação

Na semana passada, a rede paulista Casas Bahia mandou para casa, em férias coletivas*, mais de 3.500 de seus empregados.

Na semana passada.
A rede paulista Casas Bahia mandou para casa.
Em férias coletivas.
Mais de 3.500 de seus empregados.


*Aposto – para os leitores se situarem.
O Paes Mendonça, o grupo baiano Mamede, que comanda o maior hipermercado do País, na Barra da Tijuca, fechou doze lojas na Bahia.

O Paes Mendonça.
O grupo baiano Mamede.
Que comanda o maior hipermercado do País.
Na Barra da Tijuca.
Fechou doze lojas na Bahia.

A rainha francesa dos supermercados brasileiros, o grupo Carrefour, um foguete que parecia invencível para não fechar.

A rainha francesa dos supermercados brasileiros.
O grupo Carrefour.
Um foguete que parecia invencível.
Está fazendo ginástica para não fechar.

Nota: não se separa sujeito do predicado por vírgula.

Exemplos:

1. João, acordou logo cedo para viajar.
2. O São Paulo, vencerá de novo, para variar...
3. Há muitos anos o padre José, vive entre nós.

O Ponto final:

Quanto antes, melhor.

O ponto-e-vírgula:
1. Para marcar oposições.

Ex. Gostamos deles; entretanto, muitos não gostam.
2. Para relacionar elementos.

Ex.: Veja o que compramos: leite; açúcar; café; feijão; arroz; macarrão...

Que restritivo – sem vírgula.
Que explicativo – com vírgula após

Exemplos:
Prefeitos que roubam não merecem perdão.
Ana, que conheci na semana passada,
Começará a estudar conosco.


DICAS DE ACENTUAÇÃO

Para você acentuar as palavras:

1º - Divida a palavra em sílabas: sí-la-bas
2º - Identifique qual é a sílaba mais forte (1ª, 2ª ou 3ª, de trás para frente);
3º - De acordo com a terminação da palavra, aplique a regra.

Basicamente, são três regras gerais.
Nos casos da 1ª sílaba tônica: .... - .... - .... - ....
(1ª)
Em palavras terminadas por:

a(s) (ca-já)e(s) (sa-pé, ja-ca-rés)
o(s) (ji-ló)
em(s) (tam-bém)
en(s) (re-féns)

Portanto, i-tu, ca-ju, gu-ri... não têm acento.

Nos casos da 2ª sílaba tônica: .... - .... - .... - ....
(2ª)
Em palavras terminadas por:

i (jú-ri)u, us (ví-rus)
l (ú-til)
n, ns (hí-fen, é-den)
r (néc-tar, ca-rá-ter)
x (tó-rax)
ã, ãs, ão, ãos (ór-gão, í-mã)
ps (bí-ceps)

Dica: ROUXINOL

Nos casos da 3ª sílaba tônica: .... - .... - .... - ....
(3ª)

TODAS SÃO ACENTUADAS

lâm-pa-da
fá-bri-ca
em-ble-má-ti-co
ma-te-má-ti-ca
té-tri-co...


Leitura crítica

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento linguístico
• Conhecimento enciclopédico
• Conhecimento interacional :
Competência ilocucional
Competência comunicacional
Competência metacomunicacional
Competência superestrutural

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento linguístico
Capacidade de compreensão das normas da língua (gramática), bem como do vocabulário e das principais articulações textuais.

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento enciclopédico
Visão de mundo. Experiências que permitirão ao leitor não apenas compreender a informação recebida, mas também a situá-la no contexto desejado.
Ex.: O PIB Brasileiro sobe em 2009.

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento interacional

Competência para interagir com o texto / autor.
• Competência ilocucional
• Competência comunicacional
• Competência metacomunicacional
• Competência superestrutural

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento ilocucional
Capacidade de perceber as reais intenções do autor, as entrelinhas, o que o autor, às vezes, diz sem dizer.
Ex.: Você flagra alguém mexendo no que é seu, e diz: “Bonito, hein?!”

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento comunicacional
Capacidade de adequar o volume de texto ao volume informativo.
- Não presumir que o leitor já saiba o que você pensa que ele sabe.
- Mas não subestimar o leitor e explicar o que seja desnecessário explicar.

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento metacomunicacional
Capacidade de utilizar recursos gráficos que auxiliam a lidar com o texto.
Exemplos: parênteses; aspas; travessões; negrito; sublinhado...

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento superestrutural
Capacidade de abstração.
Exemplos: fábulas.


DESCRIÇÃO/ NARRAÇÃO/ DISSERTAÇÃO

DESCRIÇÃO
Descrever é representar, por meio de palavras, as características de seres, objetos, circunstâncias percebidos por meio dos nossos sentidos (físicos).

O objetivo da descrição é transmitir ao leitor uma imagem do que OBSERVAMOS. É como compor um retrato por palavras, fazendo com que o leitor perceba as características marcantes do ser ou objeto ou cenário que estamos descrevendo e de modo a não confundi-lo com nenhum outro.
Se tivermos em nossa frente duas cadeiras diferentes, poderemos identificá-las através de um só substantivo: cadeira.
Essa palavra apenas identifica o objeto, mas não o descreve.
A descrição consiste na enumeração de caracteres próprios dos seres animados ou inanimados, coisas, cenários, ambientes, costumes sociais, ruídos, odores, sabores ou impressões táteis.
A descrição não se confunde com a definição.
A definição é uma forma verbal através da qual se exprime a essência de uma coisa.
As coisas, individualmente, não admitem definição.
Quando definimos, estando tratando de classes, espécies.
Quando descrevemos, detalhamos indivíduos de uma mesma espécie. Portanto, a definição é generalizante e a descrição, particularizante.
O exercício costumeiro da descrição nos ajuda a qualificar (dentre outros quesitos da nossa capacidade de expressão) o nosso vocabulário.
Descrever com precisão (conteúdo, o objeto) e adequação (forma, a linguagem) é uma das competências fundamentais da competência textual.

Exemplos





Coesão e coerência textuais

COESÃO – conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto.
(fator não-suficiente de textualização)

Mecanismos de coesão:

1) coesão por retomada ou antecipação:

a) retomada (anafórico) ou antecipação (catafórico) por
uma palavra gramatical.
Ex.1: Ronaldo é mesmo um fenômeno. Ele se superou de novo. Desde que o craque começou a jogar no Corinthians, ninguém mais duvida dele. (anafóricos)

Ex.2: O Rei abrirá o show às 22 horas. Roberto Carlos é um dos raros artistas a celebrar 50 anos ininterruptos de carreira. (catafórico)

b) retomada por palavra lexical.

Retomar um termo substituindo-o por um:

Sinônimo – palavra de significado equivalente
Que aula enfadonha! Que aula chata!

Hiperônimo – relação contém / está contido
Flor é hiperônimo de rosa

Hipônimo – relação de está contido / contém
Rosa é hipônimo de flor.

Antonomásia – substituição de nome próprio por um nome comum ou vice-versa. Ninguém joga mais futebol do que o Rei já jogou!

2) coesão por encadeamento de segmentos textuais:

a) conexão – concatenação por conectores (relatores) discursivos.
(termos que, em si mesmos, nada significam)

Ex.: João, quem sempre quis conhecer a Europa, partiu para a Itália.
Porém, ficará apenas 15 dias.

b) justaposição – estabelecimento da sequência textual com ou sem
sequenciadores.

Ex.: Acordaremos cedo. A caminhada é longa. Precisamos chegar à
próxima cidade antes do entardecer.

Ou seja, a coesão é o encadeamento linear das unidades linguísticas presentes no texto.

Ela auxilia no estabelecimento da coerência, mas não é imprescindível para que esta ocorra.


COERÊNCIA – relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido.

Existem textos sem coesão (com falhas de articulação interna), mas não existem textos sem coerência (sem sentido).

Existe coerência em cada um dos níveis de organização do texto:

Coerência narrativa
Diz respeito às implicações lógicas presentes no texto.

Ex. de incoerência: As escolas públicas de 1º e 2º Graus encaminharam sua proposta de reforma da Língua Portuguesa, aprovada imediatamente pelo Governo.

2. Coerência argumentativa
Adequação entre pressupostos / afirmações e conclusões.

Ex. de incoerência: Já que todos os convocados vieram, melhor adiarmos a reunião.

3. Coerência figurativa
Diz respeito à compatibilidade entre as figuras do texto.

Ex. de incoerência: Assim que os chefes de Estado chegaram, o truco rolou solto.

4. Coerência temporal
Diz respeito à sucessibilidade dos eventos

Ex. de incoerência: A moça é um gênio: desenvolveu sua dissertação de mestrado em três meses e a tese de doutorado em mais três.

Coerência espacial
Compatibilidade entre os enunciados quanto à localização e ocupação espaciais.

Ex. de incoerência: Desenbarcaram em Belo Horizonte e foram logo conhecer as praias. Os 200 visitantes preferiram então fretar um ônibus turístico para conhecer outras cidades mineiras.

6. Coerência de nível de linguagem
Diz respeito à adequação da variantes linguística escolhida.

Ex. de incoerência: Senhoras e senhores, temos a satisfação de apresentar-lhes o nosso novo diretor de operações, tá ligado?

Os seis níveis mencionados podem se dar, juntos ou separados, em por meio de duas lógicas textuais associadas à idéia de “verdade”, que também podem ocorrer juntas ou separadas.


a) Coerência extratextual
Diz respeito à adequação do texto ao que lhe é externo, à realidade objetiva, exterior ao texto.

Ex. de incoerência: A ONU, sediada em Brasília, divulga ainda hoje seus relatórios sobre mortalidade infantil no Brasil.

Coerência intratextual
Concerne à não-contradição entre os enunciados do próprio texto, sua articulação interna, sua coerência interna.


Ex. de incoerência: O exército se prepara para a guerra, declarada. Os últimos preparativos para a festa de despedida dos soldados já foram resolvidos.

Certos textos podem valer-se da incoerência para criar efeitos de sentido.

Casal chega em casa, quando o marido apanha o extrato do cartão de crédito junto à porta:

– Você só pode estar brincando… Comprou outra roupa?!
– Eu estava precisando…
– É, você deve ter apenas umas mil peças… Estava precisando mesmo…


Coerência ---- Argumentação ----- Persuasão
X
Convencimento


ARGUMENTAÇÃO
Persuadir – apóia-se em princípios, crenças, lugares comuns. Argumentação retórica.
Exemplos aplicação: publicidade, textos político-eleitorais, religiosos, ficcionais...

Convencer – apóia-se em fatos, estatísticas, “verdades”. Argumentação demonstrativa.
Exemplos de aplicação: textos acadêmicos, científicos, técnicos (ex.: jurídicos), jornalísticos...

Persuadir – levar à compreensão.
Convencer – explicar.
Posso ENTENDER a explicação de uma operação financeira.
Mas só posso COMPREENDER o que chamamos de amor, por exemplo, que não sei como explicar.
Como se vê, há vários modos de se SABER. Saber com a razão, com o “coração”, com a intuição, ...O processo criativo pode passear livremente por todas as instâncias do que chamamos de percepção.

Boa Sorte pessoal




segunda-feira, 5 de outubro de 2009

FOTOGRAFIA E TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO

HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

A primeira descoberta importante da fotografia, foi a câmara escura. No século XV, Leonardo da Vinci utilizou-a para auxílio no desenho.
Existem registros de sua presença desde o século V a.C., na China, depois Grécia e finalmente Arábia.

A CÂMARA ESCURA ERA ASSIM:Uma câmara escura com um pequeno orifício numa das paredes, através da qual entrava luz.

Estudo dos princípios da câmara escura
Por volta do Séc. XVII a imagem produzida pela câmara escura era satisfatória devido a utilização de lentes e anéis (diafragma).

Apesar das limitações que essa técnica oferecia, ela foi fundamental para o desenvolvimento da fotografia.

A PARTIR DESSE PRINCIPIO...

pintores e desenhistas utilizavam-se desse fenômeno físico para reproduzir os retratos com maior fidelidade, pintando dentro do quarto sobre maior fidelidade, pintando dentro do quarto sobre um pergaminho. Até meados do século XIX, muitos processos foram evoluindo, sobretudo a lente colocada sobre o orifício, o jogo de espelhos adaptado para rebater a imagem na tela, a caixa ficando cada vez menor e mecanismos
desenvolvidos para facilitar o enquadramento e o aproveitamento da luz.

O jovem francês Joseph Nicephóre Niépice foi quem conseguiu pela primeira vez registrar uma paisagem sem pintá-la, em 1826. Foi a primeira "foto" Não existia o filme fotográfico ainda, a imagem foi registrada numa placa de vidro banhada a betume.
Essa foto demorou 8 horas pra ser registrada.

"view from the window"- 1826" Louis Jacques Mandé Daguerre
Em 1829, Niépce se associa a LOuis Jacques Mandé Daguerre nas pesquisas.
Com a morte do sócio(1833), Daguerre abandona as pesquisas com betume e volta ao iodeto e nitrato de prata.Aos poucos, o tempo de exposição necessário para gravar uma imagem vai caindo.

"Primeira Daguerriotipia registarada- Daguerre- 1837."



Utilizando mercúrio no processo, ele reduz o tempo de exposição para aproximadamente alguns minutos.Após a revelação, a placa era fixada com tiossulfato de sódio. Esse processo foi batizado por Daguerre com o nome de Daguerreotipia.

Em 1839, William Talbot inventa o PAPEL FOTOGRÁFICO, mas as imagens reveladas nele ainda não tem nitidez.Apesar do sucesso do Daguerreótipo, a impossibilidade de se fazer várias cópias e a fragilidade do equipamento e dos acessórios fizeram com que um escritor e cientista inglês chamado William Henry Fox Talbot(1800-1877) buscasse solucionar e aprimorar essas limitações técnicas e pesquisasse profundamente as fórmulas de impressão química no papel.


Talbot foi considerado o primeiro fotografo a registrar uma imagem pelo processo negativo/positivo e , após aperfeiçoar suas pesquisas e
substituir o agente fixador por iodeto de prata.O processo, que inicialmente foi batizado de CALOTIPIA, ficou conhecido como Talbotipia,
patenteado na Inglaterra em 1841.
Talbot buscou um processo eficaz que interrompesse o próprio processo de sensibilidade à luz.

A descoberta vista por outra ótica.
A história da fotografia tem sido injusta com muita gente... França, sem dúvida, foi a mãe da fotografia.Mas não se pode definir precisamente o pai.
Hoje graças ao trabalho incansável e obstinado do jornalista e professor Boris Kossoy, um terceiro nome disputa a paternidade da fotografia.

Florence
Hércules Romuald Florence veio ao Brasil retratar a fauna e a flora, como integrante de uma expediçaõ científica russa. Ao retornar da expedição, casou-se com Maria Angélica Álvares Machado e Vasconcelos em 1830, e estabeleceu-se no país. Criou o termo fotografia para designar seu trabalho em 1832 e foi o primeiro a usar a técnica negativo/positivo, empregada até hoje.

Xixi
Uma fato se deu com a descoberta do fixador que Florence utilizava. AS imagens não tinham uma durabilidade muito grande.Tiossulfato de Amônia.

Florence ficou internacionalmente conhecido a partir da publicação do livro de kossoy."1833: A Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil".
(editoras Duas Cidades, 1980)
nasceu em 1804, em Niece.
FOTOGRAFIA
FOTOGRAFAR COM 35mm





1º - ESCOLHA UMA VELOCIDADE, DE PREFÊRENCIA
MAIS RÁPIDA QUE 30 PARA NÃO CORRER O RISCO
DE TREMER A CÂMERA QUANDO NÃO USAR O TRIPÉ



2º- VEJA O QUE DIZ O FOTÔMETRO
+ MUITA LUZ
O EXPOSIÇÃO CORRETA
- POUCA LUZ


3º - GIRE O ANEL DE ABERTURA PARA OBTER
UM NUMERO “f” QUE LEVE O FOTÔMETRO A
MOSTRAR UMA EXPOSIÇÃO CORRETA = O
COMO JÁ VIMOS A FUNÇÃO PRÁTICA DA ESCOLHA DA VELOCIDADE É CONGELAR OU BORRAR A IMAGEM NA FOTO
____________________________________________________________________
VEREMOS AGORA QUAL É A FUNÇÃO PRÁTICA
DA ESCOLHA DA ABERTURA (numero f)
TEORICAMENTE A OBJETIVA SÓ CONSEGUE FOCAR COM PRECISÃO
OBJETOS SITUADOS A UMA ÚNICA DISTÂNCIA .

PORÉM NA PRÁTICA, EXISTE UMA ÁREA ANTERIOR E POSTERIOR A ESSE
OBJETO EM FOCO QUE SE APRESENTA COM NITIDEZ

ESSE INTERVALO CHAMAMOS DE PROFUNDIDADE DE CAMPO


Profundidade de campo pequena
Profundidade de campo grande
A ABERTURA DE DIAFRAGMA É QUE CONTROLA ESSA PROFUNDIDADE DE CAMPO


ABERTURAS PEQUENAS CONSEGUEM GRANDE PROFUNDIDADE DE CAMPO




____________________________________________________________________

ABERTURAS GRANDES CONSEGUEM PEQUENA PROFUNDIDADE DE CAMPO


____________________________________________________________________
COM A PRÁTICA VEREMOS QUE EXISTEM INÚMERAS ALTERNATIVAS
PARA CHEGARMOS A UMA EXPOSIÇÃO DE LUZ CORRETA
SE O FOTÔMETRO NOS INDICA UMA EXPOSIÇÃO DE
vel 60 / f 5,6

B 1 2 4 8 15 30 60 125 250 500 1000



PODEMOS USAR IGUALMENTE
vel 125 / f 4 OU vel 30 / f 8

+ LUZ + LUZ
<-- -->
Vel 1 2 4 8 15 30 60 125 250 500 1000


f 16 11 8 5.6 4 2,8 2
<-- -->
+ LUZ - LUZ

Vel 30 TEM O DOBRO DE LUZ QUE Vel 60
f 8 TEM A METADE DE LUZ QUE f 5.6


SÃO OS CHAMADOS PARES EQUIVALENTES

vel 60 / f 5,6 =
Vel 1 2 4 8 15 30 60 125 250 500 1000
f 16 11 8 5.6 4 2,8 2



A EXPOSIÇÃO SERÁ SEMPRE CORRETA
DESDE QUE SE RESPEITE A REGRA
DOS DOBROS OU METADES INALTERADAS



Gente, acho que sobre a Pin Hole, não tem necessidade de colocar nada, porque creio que todos vocês fizeram suas anotações, então é isso aí em cima mesmo.
Bjo
Daniela


































































































sábado, 3 de outubro de 2009

Matéria Teorias e Técnicas de Comunicação

HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO

1- Primórdios da comunicação humana
2- O aparecimento do papel
3- A impressão em série
4- O telégrafo
5- O surgimento do Rádio
6- O surgimento do Cinema
7- A invenção da Televisão
8- A Internet
9 - O Futuro

Primórdios da Comunicação Humana
- Desde início dos tempos que o Homem tenta comunicar com os seus semelhantes.
- A forma como faz essa comunicação tem vindo a variar ao longo dos séculos.
- A linguagem tem vindo a evoluir em paralelo com a espécie humana.
- O compreendimento da fala veio da evolução do hemisfério esquerdo do cérebro.
- O Homo Erectus, (400 mil anos atrás) não tinha o centro de fala muito desenvolvido e comunicava através de grunhidos, rosnadelas e gestos.
- Produção de Linguagem verificou-se na época do Neandertal que se crê ter o hemisfério esquerdo do cérebro minimamente desenvolvido.
- Ao surgir o Homo Sapiens, fisicamente mais adaptado para a produção da fala, veio também uma grande evolução da linguagem e da fala.
- Para além da linguagem e da fala, o homem primitivo deixou-nos ainda outro legado, as pinturas rupestres.
- Em 3000 A.C., dá-se o surgimento da escrita pelos Sumérios na Mesopotâmia sobre a forma cuniforme.
- Passado pouco tempo e um pouco pela influência da Suméria, surgem os hieróglifos egípcios e a escrita na India.
- Apesar de tudo, a escrita suméria era feita por símbolos que tinham um significado, e podia ser lida apenas de uma forma muito vaga.
- Na 1º metade do 2º milénio a.c. surgiram as linguagens logo-silábicas na Anatólia, vale Indu e China.
- Os Gregos, no ano de 800 A.C. é que dão o passo de separar as consoantes das vogais e chegam a um alfabeto completo.

O aparecimento do papel
- Depois de termos um alfabeto e uma linguagem precisamos de, acima de tudo, um suporte físico para estes.
- Em 105 D.C. O papel foi feito pela primeira vez por Cai Lun,da corte do Imperador Chinês Hedi através de bambu.
- Até ser introduzida em 610 no Japão esta arte ficou confinada á China, só sendo introduzida
no ano de 800 no Egipto.
- Na Europa foi inserido pelos Mouros que o trouxeram para a zona sul da Europa e aí desenvolveram a técnica.
- A meio do século XV foi introduzido o papel maleável que tornou a impressão dos livros mais prática e fez desenvolver toda a área.
- Contudo, o “papel barato” e ao alcance de todos só foi conseguido em 1840 com a introdução do processo de realização da pasta de papel a partir da resina das árvores.

A Impressão em Série
- Decorria o ano de 1438, quando Gutenberg, ferreiro Alemão, desenvolve a prensa de Gutenberg que revolucionaria toda a impressão dos documentos.
- Usava moldes de letras, embebidos em tinha e ordenados de maneira a formar o texto pretendido.
- Ganha bastante notoriedade ao, em 1456 imprimir a Bíblia que ainda hoje é o livro mais impresso e mais vendido em todo o mundo.
- Esta invenção permitiu a redução do custo de produção dos livros, que eram todos manufacturados.
- Foi também a base para a invenção do linotipo, que aproveita a
tecnologia da prensa de Gutenberg de uma forma mais versátil.

O Telégrafo
- Em 1837, foram realizadas por Samuel Morse as primeiras transmissões telegráficas.
- O telégrafo recorria a um código inventado por Morse, denominado código Morse, constituído
por traços e pontos.
- O telégrafo funciona através da transmissão de electricidade com duração diferenciada.
- Do lado do receptor o sinal é registado numa tira de papel que vai rolando.
- Morse descobriu também que após 32km o sinal perdia inteligibilidade que lhe era necessária, pelo que inventou um aparelho que actuava como repetidor e que refrescava o sinal de 32 em 32km
- Posteriormente, Thomas Edison veio a aperfeiçoar o telégrafo, vindo este a permitir tráfego bidireccional e posteriormente múltiplo bidireccional.

O Surgimento do Rádio
- No ultimo quarto do sec.XIX os cientistas tentavam transmitir mensagens entre dois pontos, sem fios.
- Apesar disto, o rádio viria a ser a forma mais divulgada de comunicação para massas. (broadcasting)
- O rádio em si não teve um inventor único, sendo este um contributo de vários cientistas:
- James Maxwell contribuiu com a teoria das ondas electromagnéticas.
- Rudolf Hertz foi o primeiro a gerar essas ondas electricamente.
- Em 1896 o italiano Guglielmo Marconi transmitiu sinais a uma distância de aproximada de 1,6km.
- Um ano após estava a transmitir para um barco a 29km da costa.
- Em 1899 estabeleceu comunicação comercial entre a Inglaterra e a França.
- Ao fazer um sinal de rádio atravessar o oceano Atlântico em 1901, mostrou ao mundo o potencial da sua invenção.

O Surgimento do Cinema
- Em 1895 os irmãos Lumiére, criam o cinematógrafo que possibilitava a gravação de imagens em movimento, através da gravação sucessiva de várias imagens consecutivas.
- O cinematógrafo era bastante versátil pois permitia gravar e projectar os filmes.
- O primeiro filme do mundo foi gravados pelos irmãos Lumiére e foi o La Sortie des Usines Lumière, exibido em Paris.
- Depois deste feito os irmãos Lumiére não pararam e foram fazendo
vários outros filmes, documentários e a primeira novela.

A Invenção da Televisão
- Foi impulsionada pela invenção do cinemató-grafo.
- Não se lhe consegue atribuir um inventor por ter tido contributos de várias origens.
- A emissão televisiva começou em 1936, em Inglaterra, mas o seu desenvolvimento foi refreado por falta de tecnologia disponível.
- Só após empresas como a EMI, a BBC e a RCA se aperceberem do potencial da televisão e dos
lucros que esta tecnologia poderia dar é que investiram no desenvolvimento das tecnologias de suporte ao desenvolvimento da televisão.
- Após a fase inicial, e passado alguns anos, todo o lar tinha uma televisão.

A Internet
- A Internet nasceu em 1969 nos EUA e denominava-se originalmente ARPAnet.
- Pertencia ao Dep. de Defesa dos EUA e interligava laboratórios de pesquisa.
- Devido á Guerra Fria era pretendida uma rede em que os seus pontos não fossem dependentes uns dos outros.
- Surgiu então o conceito central de Internet, uma rede onde se B deixar de funcionar, A, C e D comunicam na mesma.
- Sendo assim, a Internet não tem nenhum centro de comando nem nenhum entroncamento.
- É hoje em dia um conjunto de mais de 100 mil redes a funcionarem sobre TCP/IP.
- Só em 1987, é que a Internet deixou de estar restrita ao ambiente científico e passou a ser liberalizada para uso comercial nos EUA.

O Futuro
- Começámos por grunhidos e gestos, passá-mos a poder exprimir-nos e a pôr essas
ideias no papel.
- Hoje em dia temos milhares de pessoas á distância de um clique com a Internet.
- E o futuro, que se torna cada vez mais pro-missor ao surgirem todos os dias variadas descobertas no ramo das telecomunicações, que será que nos reserva ??.
- Será que o papel vai desaparecer tal como o conhecemos e iremos passar a usar papel digital?
- Por quanto tempo mais continuaremos a usar cabos para efectuar ligações entre os mais diversos componentes electrónicos? Vivemos na era na informação, e como tal, este futuro só depende de nós e do empenho que nos decidirmos a colocar nele, trabalhemos pois então
para fazer um futuro de que nos possamos orgulhar.


INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA

SENSO COMUM E CIÊNCIA
-Senso comum: conhecimento acumulado no dia-a-dia, o chamado cotidiano é o conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativas erros.
-Este conhecimento passa do hábito à tradição, é o conhecimento passado de geração à geração (gera teorias próprias)
-Este grupo de conhecimento modifica-se no decorrer dos anos, ao apropriar-se do conhecimento científico.
-Ciência: conjunto de conhecimento sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa.
-Esse grupo de conhecimento são obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, possibilitando sua reprodução e verificação de sua validade.
-Dessa forma, o saber pode ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido.
-Característica fundamental: aspira à objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para tornarem-se válidas para todos.
-Outras características: Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento, objetividade = conhecimento científico.

INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA
-Objeto de estudo da psicologia: o HOMEM
-O homem nas suas diversas expressões, as visíveis (comportamento), as invisíveis (nossos sentimentos), as singulares (porque somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos assim). Este conjunto de aspectos denominamos subjetividade.

BEHAVIORISMO
-Em 1913, John. B. Watson, escreve um artigo com o título “ psicologia: como os behavioristas a vêem” e desde então passamos a denominar: Comportamentalismo, Psicologia do Comportamento, Teoria Comportamental, e etc. Aos trabalhos voltados embasados nesta teoria.
-O comportamento como objeto de estudo possibilita sua observação, mensuração, podendo ser replicados em diferentes condições e sujeitos.
-Por tais características esta teoria se desenvolveu fortemente nos Estados Unidos.
-A noção de estímulo →resposta (S → R). O comportamento reflexo (não-voluntário) e inclui as respostas que são eliciadas por estímulos antecedentes do ambiente, “lágrimas de cebola”.
-A noção de estímulo →resposta (S → R). O comportamento reflexo (não-voluntário), Se pareado temporalmente com estímulos eliciadores podem gerar respostas semelhantes sempre. Passando então a ser um condicionamento respondente.
Ex: campainha, bife, salivação do cachorro ao ver a carne.
-Após Watson, Skinner é o maior nome desta escola e segundo ele a interação do ambiente = respostas, leva ao comportamento operante (abrange várias atividades humanas). Estes vão do balbuciar do bebê até a leitura deste texto. O comport. Operante propicia a aprendizagem, já que a ação do organismo sobre o meio e o efeito dela resulta na satisfação de uma necessidade. Sendo representada por R → S.
-Sendo esta relação chamada de relação fundamental (o organismo emite uma resposta que altera o ambiente)
-O reforço positivo: é todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz.
-Reforço primário: água, alimento e afeto.
-Reforço secundário: adquiriram a função quando pareados temporalmente com os primários.
-Reforço generalizado: é o reforço secundário, emparelhados com outros: como o dinheiro e aprovação social.
-O Reforço Negativo: é todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua.
-Esquiva: estímulos aversivos condicionados (aprendidos) e incondicionados são separados por um intervalo de tempo, permitindo que o indivíduo execute um comportamento que previne a ocorrência ou reduza a intensidade do segundo estímulo. Ex.: dentista.
-Punição: punir ações leva à supressão temporária da resposta sem, contudo, alterar a motivação.
-Dados de pesquisa mostram que a supressão definitiva de um comportamento punido só é definitiva se a punição for extremamente intensa, isto porque as razões que levam à ação- que se pune- não são alteradas com a punição. Ex. multa de trânsito.
-A extinção: é um procedimento no qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforçada. Como conseqüência, a resposta deixa de existir ou diminui a freqüência.
-O valor do reforço e sua importância é o que define o tempo para a extinção da resposta.


TEORIA E TÉCNICAS DA COMUNICAÇÃO
Definições


“ compartilhar elementos de comportamento ou modos de vida, pela existência de um conjunto de regras”
Colin Cherry

“ Como o processo de fazer participar um indivíduo, um grupo de indivíduos ou um organismo, situados numa dada época e lugar, nas experiências de outro, utilizando elementos comuns”
Abraham Moles

Conceito Etimológico
-Comunicação vem do latim communis, comum, dando idéia de comunidade.
-Comunicar significa: participar, troca de informações, tornar comum aos outros idéias, volições e estados d’ alma. (Padre Augusto Magne).
-Esse conceito preza o fato das pessoas poderem entender umas às, outras, expressando pensamentos e até mesmo unindo o que está isolado, o que está longe da comunidade.
-Do latim "communicare", comunicação significa pôr em comum, conviver. Este "pôr em comum" implica que transmissor e receptor estejam dentro da mesma linguagem, caso contrário não se entenderão e não haverá compreensão. Assim, comunicação deve levar consigo a idéia de compreensão.

Conceito Biológico
-A comunicação é relacionada com a atividade sensorial e nervosa do ser humano.
-É através da linguagem que é expresso o que se passa, em seu sistema nervoso.
-Segundo Wilbur Schramm, a comunicação segue a seguinte ordem:

Etapas fisiológica
1. coleta de informações pela atividade nervosa,
2. armazenagem
3 Disposição da informação
4.circulação das mesmas para os centros da ação
5. preparo de ordens que resultam no envio de mensagens


Cérebro

Lobos

Organização psicológica
-Psicologia do desenvolvimento: período Pré-Operatório (2 a 7 anos)
-Aparecimento da linguagem, com ela modifica-se os aspectos intelectual, afetivo e social da criança.
-Com a palavra, há possibilidade de exteriorização da vida interior e, portanto, a possibilidade de corrigir ações futuras. A criança já antecipa o que vai fazer.
-O desenvolvimento do pensamento também se acelera.
-A fase dos “porquês” o pensamento está mais adaptado ao outro e ao real.

Conceito Pedagógico
-A comunicação é uma atividade educativa que envolve troca de experiências entre pessoas de gerações diferentes, evitando-se assim que grupos sociais retornem ao primitivismo.
-Entre os que se comunicam, há uma transmissão de ensinamentos, onde modifica-se a disposição mental das partes envolvidas.


Conceito Histórico
-Baseada na cooperação, a comunicação no conceito histórico funciona como instrumento de equilíbrio entre a humanidade, neutralizando forças contraditórias.
-Não fossem os meios de comunicação, ampliando as possibilidades de coexistência mais pacífica entre os homens, estes já estariam extintos em meio às disputas por poder.
-A comunicação atua na forma de: sobrevivência social e no fundamento da existência humana.

Conceito Sociológico
-O papel da comunicação é de transmissão de significados entre pessoas para a sua integração na organização social.
-Os homens têm necessidade de estar em constante relação com o mundo, e para isso usam a comunicação como mediadora na interação social, pois é compreensível enquanto código para todos que dela participam.
-Os sociólogos entendem a comunicação como fundamental nos dias de hoje para o bom entendimento da sociedade e na construção social do mundo.
-Quanto mais complicada se torna a convivência humana, mais se faz necessário o uso adequado e pleno das possibilidades da comunicação.

Conceito Antropológico
-A tendência predominante em alguns estudos da Antropologia é a de analisar a comunicação como veículo de: transmissão de cultura ou como formador da bagagem cultural de cada indivíduo.
-Esse é um assunto de grande importância, haja vista o surgimento da cultura de massa no séc. XX, transformando as formas de convivência do homem moderno.

Os antropólogos e comunicólogos não devem esquecer que sem o desenvolvimento da comunicação, não se poderia estudar o homem em suas origens.
O objeto da Comunicação
“Processo social básico de produção e partilhamento do sentido através da materialização de formas simbólicas” Vera Veiga França

“Os objetos não se encontram aí, prontos e recortados: os “ objetos” do mundo são recortados (ou religados) por nosso olhar e nossa compreensão, por meio de ver”


Ex: quando estudamos a televisão ou qualquer meio de comunicação de massa não iremos estudar a televisão em si, suas tecnologias, etc.,.
Iremos estudar a nova realidade social criada por esse meio de comunicação, seus reflexos e conseqüências no nosso dia-a-dia e nas diversas dimensões do real.


História da comunicação
-Desde os primeiros agrupamentos humanos os homens sempre se comunicaram; esse embrião da vida social apenas se constituiu sobre a base das trocas simbólicas, da expressividade dos homens.
-A Modernidade não descobriu a comunicação, apenas a problematizou e complexificou seu desenvolvimento criando novas formas e modulações na sua realização.
-Os meios de comunicação criaram uma nova realidade de causas e efeitos no comportamento humano.
-A palavra comunicação, foi inventada por Nicole Oresme, filósofo e físico, conselheiro do rei Carlos V que fundou a primeira biblioteca real.
-Conceito novo no séc.XIV, pois, o universo medieval conhecia apenas o conceito de comunhão que supõe uma não-distância, uma simbiose não somente entre seus atores, mas também entre os médiuns e mensageiros.

História da comunicação

Transformações
Informação X Médium lingüístico
(latim)


História da comunicação
-A partir do surgimento dos novos signos de linguagem e escrita a comunicação é transformada em algo “não-natural” pois presume um pré-conhecimento desses signos para estabelecer uma troca de mensagens, ou seja, para conseguir ler você tem que conhecer o médium lingüístico (letra, escrita).

Comunicação e Conhecimento
-A comunicação é edificada pelo próprio processo de conhecimento, a partir de suas ferramentas e do seu “estoque cognitivo” disponível.
-Conhecer
-Apreensão
-Interpretação
-Criação de uma REPRESENTAÇÃO
-Cognição: “processo através do qual o mundo de significados tem origem. À medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à realidade em que se encontra.


-Aprendizagem:O processo de organização das informações e de integração do material à estrutura cognitiva.
-Aprendizagem mecânica (novas informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes).
-Aprendizagem significativa: processa-se quando um novo conteúdo (idéia ou informação) relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assim, assimilado por ela.

-Motivação: é o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação.
-Na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir.
MOTIVAÇÃO

O ambiente Forças: internas O objeto: atrai o
o indivíduo (necessidades, individuo por ser
desejo,vontade, interesse, fonte de satisfação
impulso e instinto) da força interna que
o mobiliza.




-Essa Representação do conhecimento não é mais o objeto inicial, mas uma construção do sujeito (resultado da relação que se estabeleceu entre o sujeito e o objeto).
-O Conhecimento produz, assim, Modelos de Apreensão que por sua vez vão instruir conhecimentos futuros.
-Objeto Empírico.
-Abertura para o mundo


TEORIA HIPODÉRMICA
A Teoria Hipodérmica foi muito discutida entre as duas grandes guerras mundiais. Nasceu, mais precisamente com a primeira grande guerra mundial, sendo considerada a primeira teoria sobre comunicação, que se tem notícia. Foi amplamente usada, e se traduz bem pela frase de Joseph Goebels “uma mentira dita cem vezes, acaba se tornando uma verdade”.
2- Embora superada, é sempre usada - Até hoje, essa é uma das teorias mais discutidas pelos teóricos dos meios de comunicação, e por todos aqueles que precisam passar uma mensagem que atinja o maior número de pessoas possível, em um menor tempo, usando como meio o convencimento a qualquer custo, a prevalência da verdade própria, ou aquilo que se acredita que os outros precisam saber. Isso é muito usado na política ou até mesmo na propaganda, vendendo-se idéias como vendem-se produtos, apelando para o emocional, procurando vender uma verdade unilateral, que futuramente pode configurar-se em algo falso e irreal.
3- Massa de Manobra -A Teoria Hipodérmica tem como pressuposto, o uso dos meios de comunicação de massa, diferindo-se assim, do “pão e circo” da Roma antiga. Embora, também, fosse um sistema de dominação, usado para enganar a população e dar a impressão da benevolência dos governantes da época, não tinham os “mass media”, tão largamente usados desde meados do século passado e, principalmente, nos dias de hoje. Com o desenvolvimento da tecnologia, principalmente com o advento do rádio como meio de difusão de idéias, os receptores acabaram se tornando “massa de manobra”.
4- As guerras mundiais -Nas guerras mundiais (I e II) a Bala Mágica foi muito usada por norte-americanos e ingleses, principalmente para divulgar o patriotismo e o nacionalismo, pois precisavam fazer com que as pessoas acreditassem nos governos locais e estivessem dispostas a morrer por um ideal. Usaram para isso, todo meio que pudesse atingir muitas pessoas ao mesmo tempo como jornais, rádio e até o cinema, por meio de discursos inflamados, conteúdo patriótico, cartazes, tudo isso baseado em mentiras e distorções sensacionalistas, em que buscavam atingir a todos e manipular, buscando com que amassem as próprias pátrias e odiassem a dos inimigos. Ao fim da guerra, chegaram a conclusão que a teoria funcionou, pois atingiu a todos de forma uniforme e os receptores responderam ao apelo midiático, sem grandes questionamentos, sem sugerir opiniões divergentes, como robôs. As pessoas aceitavam tudo o que lhes era imposto, sem questionar se era verdade ou não.


Exemplos recentes - Como exemplo mais recente do uso dessa manipulação como forma de atingir a massa, podemos citar a guerra contra o terrorismo e a invasão do Iraque, em que a verdade que prevaleceu na imprensa foi a do Governo de George W. Bush. Criaram a ilusão, por meio dos veículos de comunicação, de que existiam armas químicas, de destruição em massa, no país do Oriente Médio e isso, mais tarde, mostrou-se que era uma grande mentira, porém, por essa propaganda enganosa, muitos países se alinharam aos EUA, que se colocou como simples vítima na história, porém, os motivos da invasão eram bem outros, principalmente o controle sobre os poços de petróleo do país. Mas, prevaleceu a idéia de que na guerra, vale tudo. Derrubar o ditador Saddan Hussein, livrar o povo Iraquiano da opressão, tornaram-se secundários diante da ameaça ao mundo de ataques em massa por armas químicas. Por trás de tudo isso, existiam muitas mentiras, que prevaleceram sobre poucas verdades que poderiam existir. 6- O grande poder da mídia -Os que detêm o poder sempre perceberam que a mídia é uma arma poderosíssima, capaz de moldar a opinião pública de acordo com os interesses do comunicador, portanto, procuram sempre usar a mídia para seu auto-benefício ou para defender interesses nem sempre claros. Para os defensores da Magic Bullet, pode-se fazer um paralelo com a psicologia behaviorista, em que “bastaria injetar algo no corpo para que esse respondesse ao seu efeito ou metralhar um corpo para que esse se debilitasse”.
7- Simplismo -Porém a Teoria Hipodérmica é por demais simplista. Os primeiros teóricos da comunicação desconheciam como funcionavam as diferenças individuais. Percebendo que poderia se cometer equívocos por esse simplismo, usaram seus princípios para desenvolver outras teorias que envolviam o “mass media”. Esquecem que as pessoas são individuais e recebem as mensagens de acordo com seu grau de instrução, sua cultura. Esquecem que para cada pessoa a comunicação vai surtir um efeito, não estudar esses efeitos é querer achar que já se sabe o que vai acontece com cada um após a emissão da mensagem. Ninguém é igual. Todos nós recebemos as mensagens e as digerimos de acordo com nossos conhecimentos ou com nossa vontade de digerir as “verdades” emitidas pelos meios de comunicação ou pelos detentores do poder.
8-Parte final- Podemos concluir que nenhuma teoria sobre a comunicação será definitiva. A cada novidade surgida nos veículos de comunicação, podemos ter uma nova teoria, que será substituída por outra, mais nova, contestando a anterior. Nada em comunicação será definitivo, principalmente nos dias atuais em que a tecnologia existente se torna absoleta em questão de dias e a comunicação se torna cada vez mais ágil, atingindo as pessoas com toneladas de informação sobre um mesmo assunto. As teorias, possivelmente, vão acompanhar esse mesmo rítmo. Assim, podemos dizer que, quando, nos dias atuais, os jornais usam um lado da verdade, como absoluta, podemos dizer que estão usando a “agulha hipodérmica”. Atinge a todos com uma verdade, como se fosse absoluta ou uma vacina para todos os males. Torce-se para que, pelo menos, a “agulha” esteja, ao menos, esterilizada.
Teoria Hipodérmica:

Trata-se de mais do que um modelo sobre o processo de comunicação. Trata-se de uma teoria elaborada segundo a psicologia behavorista (cujo objectivo era o estudo dos conteúdos psicológicos através das manifestações observáveis). O objetivo desta teoria é o estudo do comportamento humano com métodos de experimentação e observação das ciências naturais e biológicas. O sistema de ação que distingue o comportamento humano deve ser decomposto, pela ciência psicológica, em unidades compreensíveis, diferenciáveis e observáveis.
“Estímulo e resposta parecem ser unidades naturais em cujos termos pode ser descrito o comportamento” – segundo Lund em 1933
A unidade estímulo/resposta exprime os elementos de qualquer forma de comportamento.
estímulo, na sua ligação com o comportamento, é a condição primária, o agente da resposta: A estreita ligação entre os dois torna impossível a definição de um a não ser em termo do outro. Juntos constituem uma unidade. Estimulos que não produzem resposta não são estímulos. “Uma resposta não estimulada é como um efeito sem causa” – segundo Lund em 1933.
Segundo Bauer, em 1964, “os efeitos, na sua maior parte, não são estudados, são dados como certos”.
Nessa altura, os meios de comunicação de massa constituíam, de fato, um fenómeno completamente novo, desconhecido, sobre o qual o público ainda não tinha conhecimentos suficientes.
Os mass media constituíam uma “espécie de sistema nervoso simples que se espalha até atingir olhos e ouvidos, numa sociedade caracterizada pela escassez de relações interpessoais e por uma organização social amorfa” – Katz e Lazarsfeld, 1955.
A Teoria Hipodérmica, ligada em 1924 à arte de influenciar, defendia uma relação directa entre a exposição às mensagens e o comportamento: se uma pessoa à apanhada pela propaganda, pode ser controlada, manipulada, levada a agir.
O Modelo de Lasswell e a superação da Teoria Hipodérmica
Foi elaborado nos anos 30, na época de ouro da Teoria Hipodérmica como aplicação do paradigma para a análise sóciopolítica (quem obtém o quê? De que forma? quando?). O modelo de Lasswell foi proposto em 1948.
Lasswell é considerado um dos pais da análise de conteúdo, método que fundamenta o seu sucesso na Teoria Hipodérmica. Lasswell estudou rigorosamente os conteúdos da propaganda.
Harold Lasswell, cientista político americano, iniciou um artigo intitulado “The Structure and Function os Communication in Society” com a seguinte frase: “Uma forma adequada para desenvolver um acto de comunicação é responder às seguintes perguntas:
1. quem2. diz o quê3. através de que canal4. com que efeito
Desta forma, nascia o paradigma de Lasswell, que marcou os estudos de comunicação de massas. Segundo Lasswell o estudo do processo comunicativo tende a concentrar-se numa ou noutra destas interrogações.
Este paradigma foi concebido na altura da teoria das balas mágicas e a pergunta que concentrou mais atenções foi: “com que efeito?”, Esta fórmula sugere uma linearidade típica das teorias de persuação da altura. Há um emissor ativo e um receptor passivo que se limita a reagir aos estímulos. Toda a comunicação é intencional e destina-se a obter efeitos. O efeito constitui uma mudança observável no receptor causada pelo processo de comunicação. Ao alterar-se cada uma das perguntas, altera-se o efeito.
O paradigma de Lasswell mostrou-se perfeito quando aplicado ao processo de propaganda, mas McQuail e Windahl verificaram que este tipo de modelos contribuem para a tendência de exagerar os efeitos de comunicação de massas.
Os críticos defendem que ao dividir os elementos do ato de comunicação, a fórmula está a criar divisões artificiais num processo que está inter-relacionado. É impossível compreender os efeitos se não se estudar o fenómeno na globalidade, incluindo o emissor, receptor, mensagem e canal não mencionados por Lasswell.
O modelo é acusado de ignorar o feedback, ao fazer crer que o acto de comunicar só se desenrola num só sentido.
A primeira varíavel caracteriza o estudo dos emissores, ou seja, a análise de conteúdo sobre o que é difundido. A 2ª variável elabora a análise do conteúdo das mensagens. A 3ª variável dá lugar à análise de meios.
Esta fórmula de Lasswell tocou em todas as variáveis definidas na altura, formando uma verdadeira Teoria da Comunicação em ligação estreita a outro modelo dominante – A Teoria da Informação.
Lasswell defende algumas permissas sobre a comunicação de massas:
a) – esses processos são assimétricos, com um emissor ativo que produz estímulo e uma massa passiva de destinatários que ao ser atingida reage…b) – a comunicação é intencional e tem por objectivo obter um determinado efeito, observável e susceptível de ser avaliado.c) – os papéis de comunicador e destinatário surgem isolados, independentemente das suas relações sociais e culturais em que os processos comunicativos se realizam. Os efeitos dizem respeito a destinatários atomizados – como diz Aschultz em 1982.
A audiência era concebida como um conjunto de classes etárias, não se dando atenção às relações que lhe estavam implícitas ou às relações informais. Considerava-se que nada disso influenciava o resultado de uma campanha de propaganda, ou seja, segundo Katz, 1969, eram irrelevantes, na sociedade moderna, as relações entre as pessoas.
O esquema de Lasswell organizou a communication research, que aparecia em torno de dois temas centrais – a análise de efeitos e a análise de conteúdos. Este esquema, depois, veio a individualizar outros sectores de desenvolvimento da matéria – a control analisys.
Como esquema de Lasswell da comunicação, conseguiu propor-se como paradigma para essas duas tendências de pesquisa opostas (a permanência do mesmo conceito como referência para teorizações opostas parece caracterizar pelo menos dois aspectos da communication research – 1º partiam de uma massa atomizada de espectadores prontos a receber a mensagem; 2º imaginavam cada mensagem como um estímulo de tal forma diretor e poderoso que produzia uma resposta imediata.
Esta necessidade aconteceu pelos finais do periodo de ouro da Teoria Hipodérmica, o que levou á sua superação.
As teorias seguintes acontecem segundo linhas básicas da Teoria Hipodérmica: Blumer, em 1948, dá-nos um novo conceito de massa – o conceito blumeriano: “Para se estudar os comportamentos da multidão são necessárias amostras constituídas por um conjunto de indivíduos heterogéneos de igual relevo”, isto é , apartir de características sóciodemográficas essenciais que correspondam ao conceito de massa.
Adequabilidade das categorias sociodemográficas implícitas na Teoria Hipodérmica e a explicação do comportamento observável em público, fez com que se iniciasse a superação daquela teoria.A concepção atomística do público das comunicações de massa (típica da Hipodérmica) correlaciona-se com a psicologia behavorista, que priveligiava o comportamento dos indivíduos.
Brouwer, em 1962, defendia que a concepção atomística do público das comunicações, como se esse público fosse constituído por indivíduos separados e independentes.
A superação e a inversão da teoria hipodérmica deu-se segundo 3 directizes distintas, mas em muitos aspectos interligadas e sobrepostas: a 1ª e a 2ª centardas em abordagens empíricas do tipo psicológico-experimental; a terceira representada pela abordagem funcional à temática dos meios de comunicação no seu conjunto. A 1ª estuda os fenómenos psicológicos individuais; a 2ª explicita os fatores de mediação existentes entre o indivíduo e o meios de comunicação; a 3ª elabora hipóteses sobre as relações entre o indivíduo, a sociedade e os meios de comunicação.- estes são os desenvolvimentos da pesquisa que levaram ao abandono da Teoria Hipodérmica.

ESCOLA DE CHICAGO:
A Escola Sociológica de Chicago, ou Escola de Chicago, surgiu nos Estados Unidos, na década de 1910, por iniciativa de sociólogos americanos que integravam o corpo docente do Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago, fundado pelo historiador e sociólogo Albion W. Small.
Tanto o Departamento de Sociologia como a Universidade de Chicago receberam inestimável ajuda financeira do empresário norte-americano John Davison Rockefeller. Entre 1915 e 1940, a Escola de Chicago produziu um vasto e variado conjunto de pesquisas sociais, direcionado à investigação dos fenômenos sociais que ocorriam especificamente no meio urbano da grande metrópole norte-americana.
Com a formação da Escola de Chicago inaugura-se um novo campo de pesquisa sociológica, centrado exclusivamente nos fenômenos urbanos, que levará à constituição da chamada Sociologia Urbana como ramo de estudos especializados.
A primeira geração de sociólogos da Escola de Chicago foi composta por Albion W. Small; Robert Ezra Park (1864-1944); Ernest Watson Burgess (1886-1966); Roderick Duncan McKenzie (1885-1940) e William Thomas (1863-1947). Foram eles que elaboraram o primeiro programa de estudos de sociologia urbana. Nas décadas seguintes, outros colaboradores se destacaram: Frederic Thrasher (1892-1970), Louis Wirth (1897-1952) e Everett Hughes (1897-1983).

Contexto histórico
O surgimento da Escola de Chicago está diretamente ligado ao processo de expansão urbana e crescimento demográfico da cidade de Chicago no início do século 20, resultado do acelerado desenvolvimento industrial das metrópoles do Meio-Oeste norte-americano
Como decorrência desse processo, Chicago presenciou o aparecimento de fenômenos sociais urbanos que foram concebidos como problemas sociais: o crescimento da criminalidade, da delinquência juvenil, o aparecimento de gangues de marginais, os bolsões de pobreza e desemprego, a imigração e, com ela, a formação de várias comunidades segregadas (os guetos
Todos esses problemas sociais (na época se utilizava o termo "patologia social") se converteram nos principais objetos de pesquisa para os sociólogos da Escola de Chicago. O mais importante a destacar é que os estudos dos problemas sociais estimularam a elaboração de novas teorias e conceitos sociológicos, além de novos procedimentos metodológicos.
Ecologia humana
Robert Ezra Park, considerado o grande ícone e precursor dos estudos urbanos, Ernest Watson Burgess e Roderick Duncan McKenzie elaboraram o conceito de "ecologia humana", a fim de sustentar teoricamente os estudos de sociologia urbana.

O conceito de ecologia humana serviu de base para o estudo do comportamento humano, tendo como referência a posição dos indivíduos no meio social urbano. A abordagem ecológica questiona se o habitat social (ou seja, o espaço físico e as relações sociais) determina ou influencia o modo e o estilo de vida dos indivíduos.

Em outras palavras, a questão central é saber até que ponto os comportamentos desviantes (por exemplo, as várias formas de criminalidade) são produtos do meio social em que o indivíduo está inserido.

O conceito de ecologia humana e a concepção ecológica da sociedade foram muito influenciados pelas abordagens teóricas do "evolucionismo social" - marcante na sociologia em seu estágio inicial de desenvolvimento -, ao sustentarem uma analogia entre os mundos vegetal e animal, de um lado, e o meio social integrado pelos seres humanos (neste caso, a cidade), de outro.

Considerando, então, a cidade como um amplo e complexo "laboratório social", as pesquisas sociológicas foram marcadas pelo uso sistemático dos métodos empíricos (para coleta de dados e informações sobre as condições e os modos de vida urbanos).

Apesar de a comunicação autêntica ser a que se assenta sobre um esquema de relações simétricas — numa paridade de condições entre emissor e receptor, na possibilidade de ouvir o outro e ser ouvido, como possibilidade mútua de entender-se —, os meios de comunicação de massa são veículos, sistemas de comunicação num único sentido (mesmo que disponham de vários feedbacks, como índices de consumo, ou de audiência, cartas dos leitores). Esta característica distingue-os da comunicação pessoal, na qual o comunicador conta com imediato e contínuo feedback da audiência, intencional ou não, e leva alguns teóricos da mídia a afirmar que aquilo que obtemos mediante os meios de comunicação de massa não é comunicação, pois esta é via de dois sentidos e, por tanto, tais meios deveriam ser denominados veículos de massa.
Podendo ter diversas interpretações e significados, se referindo às mensagens transmitidas para a massa pelos meios de informação, também através dos indivíduos que englobam essa comunicação social. Ou seja, um sistema produtivo que visa gerar e consumir idéias para diversos objetivos e públicos.
A divulgação em grande escala de mensagens, a rapidez com que elas são absorvidas, a amplitude que atingem todo tipo de público, cuja própria sociedade através da
Indústria Cultural criou e se alimenta, gera um enorme interesse e abre espaço para o estudo de nosso comportamento.
Tipos de meios de Comunicação
Podemos citar os meios de comunicação de massa mais comuns, que são:
Televisão, Rádio, Jornal, Revistas, Internet.
Todos eles têm como principal função informar, educar e entreter de diferentes formas, com conteúdos selecionados e desenvolvidos para seus determinados públicos.
Os meios de comunicação de massa podem ser usados tanto para fornecer informações úteis e importantes para a população, como para alienar, determinar um modo de pensar, induzindo certos comportamentos e aquisição de certos produtos, por exemplo.Cabe aos órgãos responsáveis fiscalizarem que tipo de informação esta sendo veículada por esses meios, como ao receptor das informações ter criticidade para selecionar e internalizar as informações que considerar úteis para si, denunciado os abusos aos órgãos competentes.
Indústria Cultural e Comunicação de Massa
Não podemos separar a Comunicação de Massa da Indústria Cultural, já que por sua vez elas são dependentes uma da outra, pelo fato de existirem diversos meios de comunicação que são capazes de atingir através de uma mensagem um grande número de indivíduos. Essa indústria é conseqüência de uma sociedade industrializada, muitas vezes alienada (veja
alienação), que aceita idéias e mensagens sem um pré-julgamento, entrando diretamente na “veia” dos indivíduos não existindo nenhuma barreira, tornando assim uma sociedade de consumo e global, sem restrições.
Horkheimer, Adorno, Marcuse e outros pesquisadores frankfurtianos criaram o conceito de "Indústria Cultural" para definir a conversão da cultura em mercadoria. O conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante. A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico.
Manipulação através da Comunicação de Massa
Estamos acostumados a receber informações diariamente de tudo que se passa ao nosso redor e em todo mundo. Assistimos notícias, anúncios, filmes, detalhes de atores e celebridades, e assuntos gerais que ocupam o tempo e nos isolam da realidade. Toda essa comunicação nos impõe um padrão de vida e felicidade a ser alcançado, com objetivos e ideais muitas vezes impossíveis para todos, mas diante a televisão isso se torna possível.A realidade dos telejornais é passada como algo distante e irreal,enquanto as novelas emocionam o país como se fossem problemas reais que afetam a todos ou seja esta inversão entre realidade e ficção é notável principalmente nas novelas assim a novela passa por um relato do real,enquanto o noticiário(que perdeu as referências temporais e espacias)torna-se irreal.A prova disso são telespectadores que se comovem em demasia com a morte de uma personagem,enquanto um desastre real em algum lugar do mundo passa por ouvintes inertes e ínsensíveis ao fato. Assim os indivíduos abdicam de sua liberdade pelos meios de comunicação e deixam-se ser controlados. Os principais responsáveis são, o governo e classes sócio-econômicas dominantes, tanto financeiramente como culturalmente, utilizando essas medias de modo a manipular a sociedade.
Muitas das correntes analíticas abordam o tema media e ideologia, em especial podemos citar duas – Estudos Culturais e Economia Política. Os Estudos Culturais, baseados principalmente em leituras de
Gramsci, e a Economia Política, que enfatiza os determinantes políticos e económicos na produção da media, apesar de terem significantes diferenças, percebem ambos a conexão entre os interesses económicos e a ideologia expressa. Nos dois casos, aponta-se que a Media serve mais aos “interesses dominantes que aos socialmente universais” (CURRAN, 1990 p. 139 apud GUEDES) .
Estudos Culturais: Raymund Williams, grande expoente na abordagem dos Estudos Culturais, traz grande contribuição para nosso estudo acerca das relações entre ideologia, cultura e media. Como vimos, esta corrente se baseia principalmente na leitura de Gramsci, que introduz o conceito de hegemonia (em oposição à visão, considerada por ele mais simplista, de antagonismo total de Marx). Hegemonia pode ser entendida como uma constante disputa entre (as diferentes) classes capitalistas e delas com os trabalhadores. Neste campo de batalha, são se-lados pactos políticos, culturais e econômicos. Para Gramsci, ideologia é representada como o ‘cimento social’ que gera alianças entre classes sociais diferentes. De acordo com este autor, nós podemos julgar se uma ideologia é eficiente se esta é capaz de se ‘conectar’ ao senso comum das pessoas e mobilizá-las para mudanças (GRAMSCI apud GUEDES) .
A produção e difusão das tradições e cultura ainda é muito dependente de instituições como os meios de comunicação de massa e o sistema escolar. Essa transmissão cultural, por esses meios, ajudam a formar o citado consenso dominante na sociedade contemporânea. Por essa razão Williams vê como essencial analisar as instituições MCM para entender os processos de formação ideológico-culturais de nossos tempos (WIILIANS, apud GUEDES).
No entanto, outras escolas admitem que, embora o fator político-econômico seja sim influente, ele não explica as diferentes mudanças na diversidade de culturas e pensamentos. Ele pode sim, se apropriar dessa diversidade e muitas vezes colocá-la a seu serviço. Citamos o exemplo das camisetas com estampa do líder revolucionário Che Guevara que hoje é vendida em shopping center para jovens da elite econômica. No entanto, essas escolas (como o Center for Contemporary Cultural Studies da Universidade de Birmingham) apontam que este não detêm a relação de controle total ou determinante, mas sim de influência, somando-se a outros fatores (ex: histórico, étnico, etc.).
Economia Política: Já a Economia Política, centra seus estudos exatamente nos determinantes econômicos que interferem na produção cultural e comunicadora. Isso, ao contrário do que uma primeira análise pode pressupor, não implica na negação total de uma teoria pela outra, embora fique claro que esta segunda tenha vindo exactamente em resposta à primeira aqui abordada. Os teóricos da Economia Política também são cautelosos com a questão do determinismo econômico, como expresso por Golding e Murdock ‘nós não estamos dizendo que as forças económicas são o único fator a estruturar a produção cultural, ou que ele seja sempre o mais significante... Nos não negamos a importância do controle imposto pelo estado e pela esfera política ou o significado da inércia exercida pelos códigos culturais dominantes e tradições. Nem estamos negando a autonomia relativa da produção pessoal e os pertinentes efeitos das práticas e ideologias profissionais’ (GOLDING e MURDOCK, 1979, p. 198, apud GUEDES).
Os estudos sobre media geralmente iniciam com o exame da tendência de concentração oligopolística nos meios de comunicação, formando conglomerados que extravasam os próprios meios de comunicação (vide o caso
Rede Globo). De acordo com essa teoria, isso faz parte de uma tendência geral em torno da diversificação, isto é, uma companhia com interesses em um sector implica que ela adquira interesses em outros sectores relacionados. Para Murdock, dois processos tem sido importantes na reestruturação do campo de atuação dos conglomerados: inovação tecnológica e privatização.
A Economia Política recusa o determinismo tecnológico e se preocupa com as relações sociais e econômicas através das quais as tecnologias têm se desenvolvido e dentro das quais se inserido. Embora concordemos com a relação destes com a evolução tecnológica dos meios de comunicação, também temos que considerar que esta teoria foi elaborada no final da década de 70, então muito antes do boom do computador pessoal, Internet, celular e outros, além expressivo barateamento de outros, como equipamentos de difusão radiofônica, etc.. Estas inovações tecnológicas têm demandado da media respostas rápidas (e não o inverso), como serão analisadas em seções subseqüentes. Esta teoria, no entanto, mostra-se ainda muito atual quando versa a respeito de outros aspectos importantes, como a questão da privatização da media.
Embora a expressão correta para a legislação brasileira seja
concessão pública a relação das emissoras com o Estado, na prática estas funcionam autonomamente, e nenhuma ou muito pouco pressão reguladora sofrem por parte daquele, pelo contrário, temos presenciado nas últimas décadas o inverso: forte interferência da media em questões com sucessão presidencial, impeachment, etc..
Dentro de um contexto “liberalizante”, onde se aumenta a concorrência por audiência, para garantir o lucro, as concessionárias acabam por não cumprir o papel a ela requisitado, de
quarto poder, garantidor da democracia, ou o de cumprir suas funções sociais (educativa, difusora da diversidade cultural, racial, etc..) (Golding e Murdock, 1979: 198, apud GUEDES). Esta tendência coloca uma questão-chave para os teóricos da Economia Política e das teorias sobre os meios de comunicação em geral: em qual grau um sistema de comunicação dominado por grandes conglomerados garante a diversidade de informação e discussão necessária para uma efetiva cidadania?
Além destes factores que dizem respeito à própria estruturação da mídia, com destaque para a brasileira, existem outros factores que também se fazem essências para uma relação democrática da media com a sociedade, entre eles a
Educomunicação, ou Educação para a media.

GENTE, AÍ ESTÁ A MATÉRIA DA PROVA, DESCULPA POR TER POSTADO SÓ HOJE, MAS ESPERO QUE MESMO ASSIM TNHA AJUDADO.
BEIJO