quarta-feira, 7 de outubro de 2009

OFICINA DE TEXTO

12/08/2009
AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Quando comunicamos desejamos materializar nossas intenções. Onde não há intenção, não há comunicação. O sujeito falante se comunica, portanto quando colocado em cena uma intenção qualquer. Quais sãoessas intenções, ou seja, função de linguagem?
1) Função fáticaIntenções: estabelecer contato. Testar o canal de comunicação. (Ex:"Alô! Bom dia! Tchau! Por favor...")

2) Função referencialIntenção: informar, levando ao interlocutor referências sobre pessoas,objetos, fatos etc.Suas características:- linguagem denotativa, objetiva;- centrada sobre o referente;- informativa, narrativa, descritivo(Ex: texto jornalístico)

3) Função expressivaDas mais importantes, pois ela permite ao homem expressar a suanatureza humana, afetivo e emocional, relativizando a sua naturezaracional. Intenções: exprimir a atividade do locutor em relação aoconteúdo da mensagem, da situação do mundo em que vive; expressarjulgamentos, opiniões, exclamações, sentimentos ao que o cerca. Essafunção situa o sujeito em sua individualidade, sua subjetividade. Ex:uma confidência sentimental.

4) Função conativa ou imperativaÉ a função de interpelar o interlocutor através de formas verbaisimperativas. Seu objetivo é trazer ao outro a participar do diálogo,obrigá-lo a reagir. Levá-lo a aceitar determinada idéia ou opinião.Parece ser a razão pela qual a publicidade utiliza tanto essa funçãode linguagem.

5) Função metalinguísticaIntenções: resolver problemas de entendimento linguístico.Ex: parênteses.

6) Função poéticaIntenções:subverter o sentido da mensagem. Ser conativa. Produzirefeitos estéticos, trabalhar sobre a estrutura da mensagem, suasonoridade, ritmo, tonalidade e cor.


19/08/2009
Funções da linguagem

1- Fática – estabelecer contato: testar o canal de comunicação; prender a atenção. Ex.: “Alô!” (ao telefone)

2- Referencial - informar. Ex.: redação jornalística. Linguagem objetiva.

3- Expressiva – expressar opiniões, julgamentos, sentimentos... Ex.: a maioria das redações na aula anterior. Ex.: “Finalmente,alguém tomou uma providência!” (sobre a lei antitabagista)

4- Conotativa – Levar o receptor a crer, aceitar alg ou alguma idéia. Ex.: na publicidade: “Você nunca viu nada igual!” (por isso é chamada também de “imperativa”)

5- Metalingüística – necessária para se contornar limitações da própria linguagem. Ex.: um parêntese para acrescentar um esclarecimento.

6- Poética – quando se quer produzir novos efeitos, arte. Ex.: poema,letra de musica ou mesmo uma figura de linguagem, etc.

Exercícios
Hei você! Há quanto tempo você não tira férias( de verdade)?
Maceió,paraíso das águas
Fática; expressiva, conotativa, metalingüística

Bolt “passeia” e avança à final dos 200m com facilidade.
(uol, 19.08.09)
Referencial,metalingüística, poética

Fatores relevantes no ato de comunicação:
Remetente: emissor, destinador.
Destinatário: receptor, ouvinte, leitor.
Canal: meio (jornal, emissora de rádio ou tv, carta, diálogo, etc.)
Código: língua portuguesa, língua inglesa etc.
Mensagem: texto referencial (a mensagem se refere a um conteúdo conceitual)
Contexto: referente conceitual, ambiente em

Linguagem jornalística e linguagem publicitária

Jornalismo
Principio da pirâmide invertida
Os dados são inseridos por ordem decrescente de importância

Outras narrativas (literatura em geral, linguagem acadêmica/ cientifica etc.)
Os dados são inseridos por ordem crescente de importância.

O lead e o principio dos seis “quês”
Quem ou o que?
O que?
Como?
Quando?
Onde?
Por que?

O conjunto de respostas as questões acima formarão uma unidade, aquela a que chamamos de NOTICIA.


Linguagem Publicitária

Raciocínio apodítico: tem o tom de verdade inquestionável. A argumentação é fachada e não resta ao receptor senão aceitar a verdade do emissor.
Ex.: “nenhuma linha de banho foi tão fundo na sua pele” (anuncio de sabonete cremosos Limpa&Hidrata, Lux Skincare).Nova, SP, Abril, p. 28, fev. 1995).

Se nenhum produto faz tão bem à sua pele quanto Limpa&Hidrata, você na tem outra opção... O pronome indefinido indica universalidade.

Recursos permanentes da linguagem publicitária
Persuadir – apóia-se em princípios, crenças, lugares comuns. Argumentação retórica.
Ex.de apliação: publicidade, textos políticos-eleitorais, religiosos, ficcionais...

Convencer – apóia-se em fatos, estatísticas, “verdades”. Argumentação demonstrativa.
Ex de aplicação: textos acadêmicos, científicos, técnicos, jurídicos, jornalísticos...

Geralmente é da combinação entre ambos que nasce a lógica publicitária e a propaganda eficientes.

26/08/2009
Períodos e as conexões entre eles


Períodos são compostos de orações.

Oração: frase construída em torno de um verbo.

Ex: Paulo foi ao cinema sozinho.
Período simples (Uma oração).

Ex.: Paulo foi ao cinema sozinho (1), pois Julia decidiu ficar em casa (2). Período composto (mais de uma oração).

Exemplos:
Nos decidimos cancelar a viagem. A previsão do tempo é desanimadora.

Disseram que não sou capaz. Vamos ver se não sou.

Por que justo comigo? Ela já sabia que não gosto do sujeito.

Palavras formam orações
Orações formam períodos.
Períodos formam parágrafos.
Parágrafos formam textos.


Parágrafos

Não há uma lógica que determine que tamanho (quantos períodos) deve ter um parágrafo, nem quantos parágrafos deve ter um texto.
Mas há algumas orientações consolidadas pela pratica redacional, pela academia, pelo mercado.
Vejamos algumas delas:

Espera-se que um texto de cerca de 20 linhas tenha de 3 a 5 parágrafos. Por quê?

a) Por lógica. Se cada parágrafo pode ser compreendido como uma unidade do desenvolvimento textual, supõe-se que 3 parágrafos seja uma medida razoável para que se desenvolva um texto que contenha no mínimo (1) um pensamento introdutório; (2) o desenvolvimento/ desdobramento desse pensamento; e (3) a conclusão da idéia.

b) Por estética. Quando o texto é construído de modo a obter uma cadencia (andamento) agradável para a leitura, os parágrafos possivelmente terão tamanho similar. Além do fato de essa lógica interna (do texto) favorece ao leitor, possivelmente ajudará também no processo de edição de arte/ diagramação. Quem diagrama terá nas mãos material equilibrado e que lhe possibilitará explorar recursos gráficos importantes para o resultado final- ou seja, novamente, para o leitor. Espera-se que o parágrafo delimite o desenvolvimento de uma idéia. Dessa forma, ao desenvolver, por exemplo, o lead jornalístico, você terá, provavelmente, concluído o primeiro parágrafo e será o momento de abrir o segundo. Ao fazer isso, seu texto obterá aquilo que chamamos de progressão textual, ou seja, ele não ficará “patinando” sobre a mesma idéia do inicio ao fim.

Exemplo de falta de progressão:

Demos inicio à partida ao meio-dia. Havia duvida se deveríamos começar o jogo a essa hora.
Mas, enfim, acabamos decidindo iniciar o jogo às 12 horas mesmo, pois era o que havíamos combinado.

Nem teria sentido que puníssemos aqueles que se esforçaram para chegar cedo, só para proteger os atrasados...

O uso adequado dos conectores, ou relatores (“porém” “mas”, “já que”, “apesar de”, ...) vai ajudar a fazer com que as idéias progridam adequadamente, garantindo a progressão textual de que precisamos. Esses elementos funcionam como agulha e linha, costurando as orações, períodos, parágrafos, até as conclusões do texto.


02/09/2009
A Vírgula

Fundamentalmente, a vírgula seve para separar frases principais de frases secundarias (ou informações básica de informação complementar),

Exemplo:

Mesmo cansado, depois de trabalhar o dia todo, o aluno foi à faculdade cumprir mais uma noite de aulas.

Mesmo cansado.

Depois de trabalhar o dia todo.

O aluno foi à faculdade cumprir mais uma noite de aulas.

Sem comércio e sem dinheiro, voltados para a arte e para a natureza, os moradores daquela região vivem uma vida primitiva, negando as conquistas da civilização, mais ou menos de acordo com os ensinamentos do polêmico filósofo Rousseau.

Desses cinco blocos informativos

Sem comércio e sem dinheiro.
Voltados para a arte e para a natureza.
Os moradores daquela região vive uma vida primitiva.
Negando as conquistas da civilização.
Mais ou menos de acordo com os ensinamentos do polêmico filósofo Rousseau.

Outros Exemplos:

Na década de 80, os supermercados cresceram na velocidade do som, figurado como um dos melhores negócios do país.

Na década de 80.
Os supermercados cresceram na velocidade do som.
Figurando como um dos melhores negócios do país.


Pontuação

Na semana passada, a rede paulista Casas Bahia mandou para casa, em férias coletivas*, mais de 3.500 de seus empregados.

Na semana passada.
A rede paulista Casas Bahia mandou para casa.
Em férias coletivas.
Mais de 3.500 de seus empregados.


*Aposto – para os leitores se situarem.
O Paes Mendonça, o grupo baiano Mamede, que comanda o maior hipermercado do País, na Barra da Tijuca, fechou doze lojas na Bahia.

O Paes Mendonça.
O grupo baiano Mamede.
Que comanda o maior hipermercado do País.
Na Barra da Tijuca.
Fechou doze lojas na Bahia.

A rainha francesa dos supermercados brasileiros, o grupo Carrefour, um foguete que parecia invencível para não fechar.

A rainha francesa dos supermercados brasileiros.
O grupo Carrefour.
Um foguete que parecia invencível.
Está fazendo ginástica para não fechar.

Nota: não se separa sujeito do predicado por vírgula.

Exemplos:

1. João, acordou logo cedo para viajar.
2. O São Paulo, vencerá de novo, para variar...
3. Há muitos anos o padre José, vive entre nós.

O Ponto final:

Quanto antes, melhor.

O ponto-e-vírgula:
1. Para marcar oposições.

Ex. Gostamos deles; entretanto, muitos não gostam.
2. Para relacionar elementos.

Ex.: Veja o que compramos: leite; açúcar; café; feijão; arroz; macarrão...

Que restritivo – sem vírgula.
Que explicativo – com vírgula após

Exemplos:
Prefeitos que roubam não merecem perdão.
Ana, que conheci na semana passada,
Começará a estudar conosco.


DICAS DE ACENTUAÇÃO

Para você acentuar as palavras:

1º - Divida a palavra em sílabas: sí-la-bas
2º - Identifique qual é a sílaba mais forte (1ª, 2ª ou 3ª, de trás para frente);
3º - De acordo com a terminação da palavra, aplique a regra.

Basicamente, são três regras gerais.
Nos casos da 1ª sílaba tônica: .... - .... - .... - ....
(1ª)
Em palavras terminadas por:

a(s) (ca-já)e(s) (sa-pé, ja-ca-rés)
o(s) (ji-ló)
em(s) (tam-bém)
en(s) (re-féns)

Portanto, i-tu, ca-ju, gu-ri... não têm acento.

Nos casos da 2ª sílaba tônica: .... - .... - .... - ....
(2ª)
Em palavras terminadas por:

i (jú-ri)u, us (ví-rus)
l (ú-til)
n, ns (hí-fen, é-den)
r (néc-tar, ca-rá-ter)
x (tó-rax)
ã, ãs, ão, ãos (ór-gão, í-mã)
ps (bí-ceps)

Dica: ROUXINOL

Nos casos da 3ª sílaba tônica: .... - .... - .... - ....
(3ª)

TODAS SÃO ACENTUADAS

lâm-pa-da
fá-bri-ca
em-ble-má-ti-co
ma-te-má-ti-ca
té-tri-co...


Leitura crítica

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento linguístico
• Conhecimento enciclopédico
• Conhecimento interacional :
Competência ilocucional
Competência comunicacional
Competência metacomunicacional
Competência superestrutural

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento linguístico
Capacidade de compreensão das normas da língua (gramática), bem como do vocabulário e das principais articulações textuais.

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento enciclopédico
Visão de mundo. Experiências que permitirão ao leitor não apenas compreender a informação recebida, mas também a situá-la no contexto desejado.
Ex.: O PIB Brasileiro sobe em 2009.

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento interacional

Competência para interagir com o texto / autor.
• Competência ilocucional
• Competência comunicacional
• Competência metacomunicacional
• Competência superestrutural

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento ilocucional
Capacidade de perceber as reais intenções do autor, as entrelinhas, o que o autor, às vezes, diz sem dizer.
Ex.: Você flagra alguém mexendo no que é seu, e diz: “Bonito, hein?!”

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento comunicacional
Capacidade de adequar o volume de texto ao volume informativo.
- Não presumir que o leitor já saiba o que você pensa que ele sabe.
- Mas não subestimar o leitor e explicar o que seja desnecessário explicar.

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento metacomunicacional
Capacidade de utilizar recursos gráficos que auxiliam a lidar com o texto.
Exemplos: parênteses; aspas; travessões; negrito; sublinhado...

Estratégias sociocognitivas
• Conhecimento superestrutural
Capacidade de abstração.
Exemplos: fábulas.


DESCRIÇÃO/ NARRAÇÃO/ DISSERTAÇÃO

DESCRIÇÃO
Descrever é representar, por meio de palavras, as características de seres, objetos, circunstâncias percebidos por meio dos nossos sentidos (físicos).

O objetivo da descrição é transmitir ao leitor uma imagem do que OBSERVAMOS. É como compor um retrato por palavras, fazendo com que o leitor perceba as características marcantes do ser ou objeto ou cenário que estamos descrevendo e de modo a não confundi-lo com nenhum outro.
Se tivermos em nossa frente duas cadeiras diferentes, poderemos identificá-las através de um só substantivo: cadeira.
Essa palavra apenas identifica o objeto, mas não o descreve.
A descrição consiste na enumeração de caracteres próprios dos seres animados ou inanimados, coisas, cenários, ambientes, costumes sociais, ruídos, odores, sabores ou impressões táteis.
A descrição não se confunde com a definição.
A definição é uma forma verbal através da qual se exprime a essência de uma coisa.
As coisas, individualmente, não admitem definição.
Quando definimos, estando tratando de classes, espécies.
Quando descrevemos, detalhamos indivíduos de uma mesma espécie. Portanto, a definição é generalizante e a descrição, particularizante.
O exercício costumeiro da descrição nos ajuda a qualificar (dentre outros quesitos da nossa capacidade de expressão) o nosso vocabulário.
Descrever com precisão (conteúdo, o objeto) e adequação (forma, a linguagem) é uma das competências fundamentais da competência textual.

Exemplos





Coesão e coerência textuais

COESÃO – conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto.
(fator não-suficiente de textualização)

Mecanismos de coesão:

1) coesão por retomada ou antecipação:

a) retomada (anafórico) ou antecipação (catafórico) por
uma palavra gramatical.
Ex.1: Ronaldo é mesmo um fenômeno. Ele se superou de novo. Desde que o craque começou a jogar no Corinthians, ninguém mais duvida dele. (anafóricos)

Ex.2: O Rei abrirá o show às 22 horas. Roberto Carlos é um dos raros artistas a celebrar 50 anos ininterruptos de carreira. (catafórico)

b) retomada por palavra lexical.

Retomar um termo substituindo-o por um:

Sinônimo – palavra de significado equivalente
Que aula enfadonha! Que aula chata!

Hiperônimo – relação contém / está contido
Flor é hiperônimo de rosa

Hipônimo – relação de está contido / contém
Rosa é hipônimo de flor.

Antonomásia – substituição de nome próprio por um nome comum ou vice-versa. Ninguém joga mais futebol do que o Rei já jogou!

2) coesão por encadeamento de segmentos textuais:

a) conexão – concatenação por conectores (relatores) discursivos.
(termos que, em si mesmos, nada significam)

Ex.: João, quem sempre quis conhecer a Europa, partiu para a Itália.
Porém, ficará apenas 15 dias.

b) justaposição – estabelecimento da sequência textual com ou sem
sequenciadores.

Ex.: Acordaremos cedo. A caminhada é longa. Precisamos chegar à
próxima cidade antes do entardecer.

Ou seja, a coesão é o encadeamento linear das unidades linguísticas presentes no texto.

Ela auxilia no estabelecimento da coerência, mas não é imprescindível para que esta ocorra.


COERÊNCIA – relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido.

Existem textos sem coesão (com falhas de articulação interna), mas não existem textos sem coerência (sem sentido).

Existe coerência em cada um dos níveis de organização do texto:

Coerência narrativa
Diz respeito às implicações lógicas presentes no texto.

Ex. de incoerência: As escolas públicas de 1º e 2º Graus encaminharam sua proposta de reforma da Língua Portuguesa, aprovada imediatamente pelo Governo.

2. Coerência argumentativa
Adequação entre pressupostos / afirmações e conclusões.

Ex. de incoerência: Já que todos os convocados vieram, melhor adiarmos a reunião.

3. Coerência figurativa
Diz respeito à compatibilidade entre as figuras do texto.

Ex. de incoerência: Assim que os chefes de Estado chegaram, o truco rolou solto.

4. Coerência temporal
Diz respeito à sucessibilidade dos eventos

Ex. de incoerência: A moça é um gênio: desenvolveu sua dissertação de mestrado em três meses e a tese de doutorado em mais três.

Coerência espacial
Compatibilidade entre os enunciados quanto à localização e ocupação espaciais.

Ex. de incoerência: Desenbarcaram em Belo Horizonte e foram logo conhecer as praias. Os 200 visitantes preferiram então fretar um ônibus turístico para conhecer outras cidades mineiras.

6. Coerência de nível de linguagem
Diz respeito à adequação da variantes linguística escolhida.

Ex. de incoerência: Senhoras e senhores, temos a satisfação de apresentar-lhes o nosso novo diretor de operações, tá ligado?

Os seis níveis mencionados podem se dar, juntos ou separados, em por meio de duas lógicas textuais associadas à idéia de “verdade”, que também podem ocorrer juntas ou separadas.


a) Coerência extratextual
Diz respeito à adequação do texto ao que lhe é externo, à realidade objetiva, exterior ao texto.

Ex. de incoerência: A ONU, sediada em Brasília, divulga ainda hoje seus relatórios sobre mortalidade infantil no Brasil.

Coerência intratextual
Concerne à não-contradição entre os enunciados do próprio texto, sua articulação interna, sua coerência interna.


Ex. de incoerência: O exército se prepara para a guerra, declarada. Os últimos preparativos para a festa de despedida dos soldados já foram resolvidos.

Certos textos podem valer-se da incoerência para criar efeitos de sentido.

Casal chega em casa, quando o marido apanha o extrato do cartão de crédito junto à porta:

– Você só pode estar brincando… Comprou outra roupa?!
– Eu estava precisando…
– É, você deve ter apenas umas mil peças… Estava precisando mesmo…


Coerência ---- Argumentação ----- Persuasão
X
Convencimento


ARGUMENTAÇÃO
Persuadir – apóia-se em princípios, crenças, lugares comuns. Argumentação retórica.
Exemplos aplicação: publicidade, textos político-eleitorais, religiosos, ficcionais...

Convencer – apóia-se em fatos, estatísticas, “verdades”. Argumentação demonstrativa.
Exemplos de aplicação: textos acadêmicos, científicos, técnicos (ex.: jurídicos), jornalísticos...

Persuadir – levar à compreensão.
Convencer – explicar.
Posso ENTENDER a explicação de uma operação financeira.
Mas só posso COMPREENDER o que chamamos de amor, por exemplo, que não sei como explicar.
Como se vê, há vários modos de se SABER. Saber com a razão, com o “coração”, com a intuição, ...O processo criativo pode passear livremente por todas as instâncias do que chamamos de percepção.

Boa Sorte pessoal




Um comentário:

  1. Nao é função conotativa, É FUNÇÃO CONATIVA, DE CONATUM, APELAÇÃO...

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